segunda-feira, 21 de novembro de 2011

A abelha e a flor

Era uma vez uma abelha que todo dia pousava numa mesma flor que estava sozinha em um campo, todo dia a abelinha vinha se alimentava e voltava pra sua colméia. Os dias se passaram e a flor notava que a mesma abelha vinha pousar nela todos os dias... Passou-se um ano inteiro e a abelha continuava indo até a flor. Um belo dia a flor resolveu perguntar para a abelha:

- Porque você sempre pousa em mim todos os dias?
A abelha respondeu:
- Você é a flor mais cheirosa e linda deste lugar, seu pólen é o mais gostoso, e eu amo você.
A flor volta a falar:
- Mas vale a pena você vir até aqui tendo tantas outras flores? E mesmo sabendo que eu não te amo?
A abelha levantou voo e disse:
- Amar é o bastante, não importa como, quanto ou de que jeito...ele é lindo independente de qualquer coisa...

A abelha foi-se embora e a flor, ainda pensando e sem entender muito bem se assustou quando olhou ao seu redor, um jardim inteiro de flores havia se formado naquele lugar.

terça-feira, 18 de outubro de 2011

Com você aprendi

Com você
Aprendi a ser mais feliz
Aprendi a sentir
Cada grão de areia

Com você
Aprendi a viver
Aprendi a ser
O que hoje eu sou

Com você
Aprendi o que é preciso
Aprender pra viver
Mesmo se eu ou você morrer

Com você aprendi
A ver coisa que nunca vi
Só não aprendi a não te amar
E a viver sem ti

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

A volta

"Vai flor, vai e desce por esse riacho
Vai flor, não desiste da sua trajetória"
então ela foi e foi e foi...
encontrou muita coisa por lá, ela falou
com os peixes, ela falou com os bichinhos,
ela falou com todos que podia falar, a noite
chegou e a florzinha olhava pras estrelas,
conversa com o vaga-lume que por ali passava,
dizia ele que cada estrela brilha pra alguém,
a madrugada chegou e o frio veio, o vento soprava
tão forte que a florzinha mal podia flutuar em paz,
mais na frente, muitas quebradeira, a flor relutava
para não se machucar, depois veio a calmaria do riacho
agradeceu a flor por ter dado tudo certo, amanheceu
e os passarinhos cantavam, cantavam cada vez mais,
os macaquinhos pulavam de galho em galho, era tudo
muito bonito, muito bonito de se ver, passaram dias,
até que veio a cachoeira e a flor desceu água abaixo,
com muito esforço ela sobreviveu, saiu da água e
entrelaçou-se em um ramo de árvore, ali ficou,
o dia anoiteceu, a florzinha procurava a estrela
que pra ela brilhava, procurou e não achou:
"como pode um céu com tantas estrelas eu não encontrar a minha"
murmurou a flor, uma lágrima caiu de suas pétalas que brilhou
e muito com a luz da lua, então ela viu que tinha encontrado
a estrelinha que tanto procurava, e tudo que precisou foi
sentir a saudade que sentira antes de descer o riacho, sentiu
a saudade de quem disse "Vai flor, vai e desce por esse riacho"
no fim, é como diz aquele velho ditado, a felicidade existe,
mas está aonde colocamos, e nunca pomos onde nós estamos,
mas quem sabe também, a florzinha não percebesse nada se não
descesse o riacho? a vida é assim pra todos, no fim, a flor
voltou ao início do riacho montada em seu cavalo branco,
sua lágrima desceu, a do cravo também.
"Volta flor, volta e sobe esse riacho
Volta flor, não desiste da sua trajetória
Volta flor, vamos descer juntos agora..."
Acreditar, sentir, lutar, mudar, crescer e no fim amar
Que isso una o cravo e a flor,
vamos descer riacho abaixo?

segunda-feira, 25 de julho de 2011

Sentido

Pior que não saber o sentido da vida, é ter uma vida sem sentido

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

O choro da ovelha

Preso em cápsulas do tempo,
sentiu-se a brisa leve, fina.
ao passar o gélido vento
acompanhou-se uma escura neblina.

Feio, asqueroso e podre era
que sem dó arrancou tudo
tudo daquela era megera
deixou, assim, o povo mudo

Porque o bem tem que descançar
em algumas noites geladas?
O mal cavalga sem parar

destruindo cada passada
vai bem, faça-te sem pensar
revive essa ovelha desgarrada