sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

Inerte

Daquele que mais faz, mais se espera, daquele que menos fala, ao falar é menos compreendido, daquele que muitas vezes mais age do que argumenta, menos se nota, porque tudo na vida, só é percebido algo de quem faz e deixou de fazer, e nunca de quem nunca faz nada, análoga é a ânsia. Voltar a me concentrar no silêncio de minha consciência e na força das minhas ações.

sexta-feira, 30 de novembro de 2012

Súplica ao vento


Vento amargo de tristezas
mede a força e grandeza
do pesar do meu sofrer

Leva embora a dor imensa
tão forte tão intensa
que se causa sem saber

Maldade, uma fita métrica
da felicidade poética
que se apalpa sem se ter

Cura a ferida dessa dor
prenche eu e os outros de amor
e assopra de mim, meu viver

quarta-feira, 21 de novembro de 2012

O choro de um corvo


"Grita" o corvo à beira da colina
pelas almas que ali já foram,
serão essas almas que formam
aquela escura e maldita neblina?

Retorceu-se, debateu-se e cansou
asa de estorvo que apavora
sempre, no ontem e agora
que na dor da sua morte apagou

chorou, soluçou, sentiu e sorriu
a dor de todos ali sentiu
como numa verdadeira chacina

sangrou e com todo esse sangue
a colina de uma vez se partiu
e morreu a inútil rapina.

quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Química do egoísmo


Podridão é esse éter da vida
Carne morta humana de pensamentos
Vida seca, torta em detrimentos
com a alma do egoísmo encolhida

Pensei, refleti, indaguei
e não achei nenhuma forma,
sucumbi na mesma norma
de regras humanas, a lei!

De achar uma resposta concreta
tentando entender se está certa,
a conclusão que eu encontrei

para a pergunta de se o egoísmo
existe para manter-nos vivos
se for isso, mais tardar partirei.

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Tempo imparcial

Tempo, corrente de tristezas
susurros de alegria
equilibrio, total sinergia
horas amargas ou azedas

Fluxo interminável de emoções
minutos pairam no ar
sentir, ser e estar
válido em todas as dimensões

O tempo de nada sente
é uma viva e seca semente
vive sem precisar viver

nós é que sentimos no tempo
seja alegria ou tristeza,
emoções que devemos ter