sábado, 25 de outubro de 2014

Esquentou

Estava frio mas acordou, suspirou e levantou.
Andou até a sala, vestiu sua roupa e calçou seu sapato.
Sentou em sua mesa de jantar e ficou feliz.
Seu pote de café, sua bebida predileta, estava quente.
Tomou, em 3 grandes goles, fez uma oração qualquer e partiu.
Estrada densa, cheia de caminhos, não escolheu, apenas andou.
Olhou para cima, passarinhos, lembrou-se de um sonho que sonhou.
Mais a frente, uma chuva intensa, pisou em uma poça imensa, molhou.
Estrada intensa, saudade era imensa, e ali sentou.
Anoiteceu, as estrelas apareceram, observou.
Uma estrela brilhava, vibrante, determinada, apagou.
Sem conseguir encontrar uma trilha, soluçou.
Às cegas, uma estrada para lugar nenhum encontrou.
Olhou para baixo, pensou, chorou e pulou.
Caiu em cima de uma pedra, e na batida, sangrou.
Um vermelho, no rio, um imenso vazio, brotou.
Cansada, na beira do riacho, uma carta.
"Tomaria mais um gole de café", chorou...
Estava frio e não acordou, não suspirou, não levantou.
Tem uma roupa, uma mesa e um sapato, mofou.
Agora só resta um delicioso pote de café, não esfriou.

sábado, 18 de outubro de 2014

Felicidade

Quando em um belo dia falei
que a felicidade veemente, estaria,
nos pomos de uma árvore e, teria,
tanta distância de nós, pensei:

Que lutamos tanto para ser feliz
porque parece tão difícil sentir,
que felicidade não se pode fingir,
que é tão fácil como riscar com um giz-.

Não temos em si a felicidade,
não nos pertence mas podemos senti-la,
moldá-la como se molda uma argila,

mas deixamos ela lá do outro lado,
não vemos que estava tão perto
pois colocamos em outro quadrado.